" Mas nada disso se sabe/se, do ventre não se ergue a vista/até o rosto onde,(...)do fundo do corpo - nos fita/a escondida menina na pantera" (trecho de "Pôster" em "Dentro da noite veloz")
Não tenho pressa (outubro 2008 - claudia rocha)
Hoje eu fugi do meu sonho
E acordei cansada
Porque só eu sei
Da minha memória guardada
Que volta correndo depressa
Por cima do travesseiro
Transbordando o lençol
De corpo, de carne
De gente em exausto devaneio
E o sonho desgruda das paredes
Arranca os cabelos, as unhas
Estrangula a centelha
E nos dedos, fica brincando o violão
Mas não é pesadelo não
Porque de pesadelo, amor
Só me basta acordar
E olhar o chãoTão perto dos pés
E tãoLonge de levantar
Esse dia todo que você guardou
Nos bolsos, junto com um canivete suiço
Eu não preciso, não quero
Nada de, apenas, isso
Eu quero sonho caminhante
Que marque pegadas no instante
E possa acordar para acontecer
Não quero herói ou coadjuvante
Quero sonho de gente
Que exaustivamente devaneia
Mas que pode alcançar - se correr
2 comentários:
"E olhar o chãoTão perto dos pés
E tãoLonge de levantar"
de manhã sempre q tenho q trabalhar tenho essa sensação :)
Lindo! Estou adorando seu blog.
Abs.
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