Quarta feira de cinzas
Eu vou me lavar do Carnaval
Abrir a torneira dos dedos
Deixar de chover confetes
Guardar minha roupa de ilusão
Vou tirar os carros alegóricos
Desabotoar o riso bobo do rosto das pessoas
Vou esvaziar as ruas de piratas
Colombinas, realezas, personalidades e mitos
Meu espelho do mar vai ficar
No escuro da memória
Vou esquecer seus lábios
Seus olhos bonitos
Seu jeito de me amar
Distante e inseguro
Vou deixar meu pássaro na gaiola
Ainda como a poeira de uma fênix
Abrir os armários, guardar as magoas
Mas quando existir de novo
Outra folia como a nossa
Eu vou de peito aberto
Pulando de cabeça
Porque acabo sendo assim
De viver a beça
De dançar a dança
Cair de corpo na alma
Inteira, dou meia volta
No ontem
Na semana
Na folia passageira
Infelizmente ou não
Despenteada, de pijamas e meias
Eu também preciso de alguém
Que me ame as quartas-feiras
Eu vou me lavar do Carnaval
Abrir a torneira dos dedos
Deixar de chover confetes
Guardar minha roupa de ilusão
Vou tirar os carros alegóricos
Desabotoar o riso bobo do rosto das pessoas
Vou esvaziar as ruas de piratas
Colombinas, realezas, personalidades e mitos
Meu espelho do mar vai ficar
No escuro da memória
Vou esquecer seus lábios
Seus olhos bonitos
Seu jeito de me amar
Distante e inseguro
Vou deixar meu pássaro na gaiola
Ainda como a poeira de uma fênix
Abrir os armários, guardar as magoas
Mas quando existir de novo
Outra folia como a nossa
Eu vou de peito aberto
Pulando de cabeça
Porque acabo sendo assim
De viver a beça
De dançar a dança
Cair de corpo na alma
Inteira, dou meia volta
No ontem
Na semana
Na folia passageira
Infelizmente ou não
Despenteada, de pijamas e meias
Eu também preciso de alguém
Que me ame as quartas-feiras