segunda-feira, dezembro 26, 2011

Meu tempo é quando

Meses, anos, dias. Tudo com seu q de planeta, espaço-tempo, temporalidade urgente.
Na filosofia de "morrer ontem e nascer amanhã" o ano não começou e nem, quiçá, terminará.
Guardem seus fogos de artifício, escondam suas camisas coloridas e suas expectativas de mera saliva. Nada vai mudar se os ponteiros não forem pernas, se os verbos não forem gestos - se o breve calendário não couber na brevidade da vida.
(Um dia eu acordei e era Carnaval - noutro também, não nos limitemos mais.)
Desejem hoje, manifestem, façam.
E não voltem aqui enquanto não estiver pronto, aceso, ocupando espaço no tempo.

[Todo dia é um reveillon ilimitado de horas]


*pintura - Salvador Dali "A persistência da memória"