PREFÁCIO DO ANO-BOM
Eu não quero a construção
Eu quero poder construir
Não quero a palma
Apenas uma mão sobre a outra
Ou à cara do tapa
Dedos que falem mais do que apelos
Quero te levar à algum lugar
Que você jamais ousou pensar em existir
Um eu daqueles
Não-difícil de ler
Apenas mão na outra
Puxando o corpo e o adendo
Eu quero ser o instrumento
Tocado num quarto escuro
Sem salva de almas
A fala mera, o olho longo
O verso e descompasso da lágrima
Eu só quero ser
O embasso e o estilhaço
Um coração que aqueço
Guardo... - e te dou
Eu não quero um livro de molde
Ou pauta ou palco
Ou pálida palavra
Eu quero o gesto de amor que sou.
Eu não quero a construção
Eu quero poder construir
Não quero a palma
Apenas uma mão sobre a outra
Ou à cara do tapa
Dedos que falem mais do que apelos
Quero te levar à algum lugar
Que você jamais ousou pensar em existir
Um eu daqueles
Não-difícil de ler
Apenas mão na outra
Puxando o corpo e o adendo
Eu quero ser o instrumento
Tocado num quarto escuro
Sem salva de almas
A fala mera, o olho longo
O verso e descompasso da lágrima
Eu só quero ser
O embasso e o estilhaço
Um coração que aqueço
Guardo... - e te dou
Eu não quero um livro de molde
Ou pauta ou palco
Ou pálida palavra
Eu quero o gesto de amor que sou.