O pOEMA CRU
(por Cláudia Rocha - fevereiro 2010)
Te encontro os olhos rudes
Brincando na boca larga
A voz da minha tragédia em silencio
E como se não tivessse dimensão para ir
Eu parto o que não compartilho
essa tua firmeza de círco
Nos traços emprestados do palhaço
Eu te sorrio pra não chorar
E te encontro, incontestável
Ainda gemendo, alardeado
A voz do mais profundo amor
Ainda que de amor não seja feita a vida
A gente pinta o borralho de sangue
E a inocência escorre pura
Nas veias das flores arrancadas
Ainda que de vida não sejam feitas
As palavras que vc morde aos solavancos
Eu te olho tímida - e profundamente
E sem querer partir
Te amo, destemperadamente
A voz que se cala
com o coração batendo
2 comentários:
bang! you're dead! =)
se me vejo encontrando-a
perdida, nesse jogo infante,
do coração,
eis que percebo, ainda que súcubo,
provocante, sexual e desvaria; deliberada por fora,
jaz hiberna, e aguardando ser desvendada,
por aquele que saiba e mereça, profundamente,
A CRIANÇA,
fascinante, mística e transcendente
isenta de todo jogo e máscara que
de coração puro; que sofre e brinca e chora, perdida, na própria dor
(esperando e escondendo, insegura)
com o sentimento que complete a lacuna que,
ainda que não pareça,
todos esperamos
nessa vida alheia completar;
vida fugaz da noite, regida, imponente, pela nossa felicidade: a carne e o sentimento.
placidamente intransponível e indissociável, e tristemente regrada
pelo que acreditamos, na nossa realidade, ser importante, e de fato:
o AMOR
benfazejo -- a vida se traduz.
para isso que estamos por aqui.
sê feliz tola! choremos quando a hora for apropriada.
a dor.forpor
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