domingo, setembro 06, 2009

Ah, como chove lá fora

É...
Eu raramente escrevo textos livres. Textos isentos de uma página à salvo no meu computador ; à sete chaves. Meio líquido, meio sem ser relido. Alguma coisa que é chuva, que vai seguindo um rumo na calçada que eu mal-conheço. Alguma coisa que fale de mim, sem que precise ser à minha cara, e que vc talvez possa se ver no espelho, mesmo que eu dê o detalhe da borda. Preciso ser mais madura. Aceitar que nossas palavras não cabem nos dedos, e são minhas... como poderiam ser suas.
Mas eu não aceito.
E salvo correndo minha idéia trancada
Com meu gosto salgado de mulher cheia de grades
Salvo meu homem de páginas
Dentro das pernas

Esquecendo dos ontens
Eu preciso crescer, coisa pequena em mim
Eu preciso suportar temporais.

Um comentário:

Antonio Carlos Rocha disse...

Adorei. Você tem um talento que eu desconhecia. lí vários escritos. virei fã.

Antonio carlos rocha