quinta-feira, novembro 12, 2009

100 receitas para enlouquecer em silêncio

por Cláudia Rocha

Doi, sobretudo


E naufraga, sobremaneira

Por conseguinte ao instante

Que estamos distantes de ontem

O hoje quase não presente

É a sombra da luz dos olhos´

Esfera de núcleos atômicos

Balança a odisséia

Que traça a cada passo

De ponteiro, minutos

Que nunca,não se acabam



Sempre será menos dor

Como numa queimadura

A água também arde

Até que desestrutura

E nos deixa de olhos atados

De braços cruzados ao corpo

Sem endereço de consolo

Um coração a menos no peito

Tolo, o disparo

Pela boca aberta do estômago

E perco o partido verso

Sou toda ao avesso do avesso



Sou mágoa ignorada

Fingida, ue vira o pescoço para

O lado fingindo que não olha

Fingindo casualidade amistosa

Rasgada de raiva, abominada

Ainda que mágoa tão mulher

E chia de vaidades



Mágoa pura cachaça de boteco

Nas mãos e bocas áquens do desespero

Das mãos que se perdem ao leito

Num quarto de olhos, sem céu nas janelas



E dói, sobretudo preto

Sobremaneira branco

Mormente vermelho-sangue

Principalemnte humano

E passionalmente pronto, bruto

Pra te mandar para fora

Da minha cabeça louca

Com seus gritos de lobo

Te esquecer homem

Mais um como todos os outros.

Um comentário:

Unknown disse...

Ca-ra-lho. Vc é simplesmente FODA, amiga. =D